Mais três pessoas foram mortas nesta sexta-feira em uma ação da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) na Vila Maranhão, região de Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Em apenas seis dias foram sete  mortes em supostos confrontos com a tropa de elite da Polícia Militar na área.

A versão da Secretaria da Segurança Pública é a de que os PMs da Rota foram até um barraco em uma viela da Rua Frederico Martins da Costa Carvalho checar uma denúncia anônima. O local, segundo a informação obtida pela polícia, seria usado como ponto de venda de drogas.

Os policiais teriam sido recebidos a tiros. Os três homens que estavam no barraco foram mortos com vários tiros. Nenhum policial se feriu.

Investigação
A PM apreendeu dois revólveres calibre 38, uma espingarda calibre 12 e uma pistola 9 milímetros, todos com numeração raspada. Também foram encontrados objetos para refino de drogas e uma pequena quantia de cocaína.

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), responsável pela investigação do caso, apura o relato de testemunhas que  afirmam ter  visto os PMs da Rota entrarem com uma sacola no local do crime após as mortes.

A delegacia especializada também apura uma suposta ameaça feita pelos policiais, que teriam visitado o bairro na quarta-feira e dito que “aquele era um bom local para fazer uma chacina”.

Os nomes dos mortos e a quantidade de tiros que os atingiram não foram divulgados.

O comandante da Rota, tenente-coronel Salvador Madia, foi procurado pela reportagem e alegou que só falaria mediante autorização do Comando da Polícia Militar, que o proibiu de conceder entrevista. Em nota, a assessoria de imprensa da PM informou que as possíveis irregularidades,  apuradas pela Polícia Civil, “tratam-se de ilações sem nenhum lastro fático”.

Fonte: Rede Bom Dia